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Prefeituras promovem ação contra hepatites

Tipos B e C são os mais comuns no País; patologia pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
28/07/2014 | 07:00
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Hoje, Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, data instituída pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2010, três prefeituras do Grande ABC prepararam atividades especiais voltadas à conscientização sobre a doença. Diadema, Santo André e Ribeirão Pires farão ações de prevenção direcionadas à população.

A partir de hoje, a equipe do Centro de Referência em DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis)/Aids e Hepatites de Diadema estará no Terminal Piraporinha para realização de testes rápidos.

Em Santo André, os exames serão intensificados no CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento). A Prefeitura de Ribeirão Pires vai realizar palestras para orientação em todas as unidades de Saúde da Atenção Básica, no Complexo Odontológico, Centro de Especialidades Médicas e nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) da cidade.

A doença afeta diretamente o fígado e pode ser transmitida por cinco vírus diferentes, que são classificados de acordo com as primeiras letras do alfabeto (veja mais informações acima). Os tipos mais comuns são A, B e C.

Conforme explicou a coordenadora do programa de pós-graduação em Gastroenterologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Maria Lucia Ferraz, o tipo A é mais comum em crianças. “É como se fosse uma virose, mas o tratamento é bem simples e o corpo expulsa o vírus, parecido com o que faz com a gripe. Já a B e a C são mais preocupantes por poder desencadear outra doença crônica, como cirrose ou câncer de fígado”, explicou.

A hepatite é considerada doença silenciosa porque os sintomas podem demorar anos para aparecer. Os principais são olhos amarelados, enjoo e urina escura.

Segundo o professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC Munir Akar Ayub, quanto mais grave for o estado da pessoa contaminada, mais complicado o tratamento. “Se o paciente tiver cirrose, por exemplo, só transplante de fígado resolve. Por isso a importância de datas como essas para que a população se conscientize cada vez mais”, disse.

É necessário fazer exame de sangue para saber se há presença do vírus no organismo. Para os testes oferecidos pelas Prefeituras hoje, não é preciso nenhum preparo.

Atualmente, a vacina contra a hepatite B faz parte do calendário de vacinação. São três doses, sendo que a primeira é dada no nascimento e as outras duas com seis meses de intervalo cada.
Já a hepatite A também tem vacina, mas a imunização não é fornecida gratuitamente. Segundo Ayub, por causa da vacinação, a doença tende a diminuir bastante. “As famílias estão vacinando seus filhos no momento do nascimento, então, a cobertura vacinal irá crescer no futuro.”

O tratamento para as duas hepatites é a base de remédios via oral, porém, somente a C tem cura. “Na hepatite B, se você trata durante muito tempo, o vírus para de se multiplicar e se mantém sobre controle. Na C consegue-se a cura total, sendo o vírus expulso do organismo”, disse Maria Lucia. 




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