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Construção civil fecha o ano com 987 empregos a menos

Na região, segmento sentiu reflexos de adiamento de obras entre 2011 e 2012, afirma SindusCon-SP

Leone Farias
do Diário do Grande ABC
07/02/2014 | 07:07
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André Henriques/DGABC


O setor da construção civil do Grande ABC fechou 2013 com quase 1.000 (987) postos de trabalho a menos na comparação com o total empregado no segmento em dezembro de 2012. Os dados do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo) mostram retração de 2,05% no nível do emprego. Hoje, na região, existem 47 mil profissionais atuando no setor.

Para a diretora adjunta da regional do SindusCon-SP, Rosana Carnevalli, entre 2011 e 2012 muitas construtoras colocaram o pé no freio, adiando o início de obras. Além disso, empreendimentos que tinham sido lançados na região já chegaram ao fim. “Estamos sentindo os reflexos disso agora”, afirma.

Outro fator são as mudanças nos planos diretores de municípios, que elevaram o custo dos imóveis, pois foram reduzidos os índices de aproveitamento do solo (ou seja, de quantas vezes a área construída pode ter em relação à metragem do terreno).

Há ainda outros pontos, como o endividamento da população e o comprometimento da renda com outros itens. “Muita gente comprou carro e se endividou”, cita. Por fim, dezembro, quando foram fechados 916 postos de trabalho, tradicionalmente é um mês fraco para as obras.

Isso porque o consumidor recebe o 13º salário e dá preferência para comprar outros produtos (por exemplo, eletrodomésticos) ou, então, marca para receber a chave do imóvel. “E quando há entrega de chaves, a obra já acabou. Nesta fase, diminuem os postos de trabalho.”

Entre os municípios da região, São Caetano, que havia aberto quase 800 vagas no segmento e foi o destaque positivo em novembro, eliminou 543 empregos em dezembro.

PERSPECTIVA - Apesar do fechamento de postos no ano, as perspectivas do setor são positivas. “A demanda ainda existe, principalmente por dois dormitórios e salas comerciais. E a gente vê que o financiamento continua disponível”, afirma Rosana. Ela estima que o mercado crescerá de 2,5% a 3% neste ano. “Não devemos ter muitos lançamentos de quatro dormitórios.”

Sondagem do SindusCon feita em todo o País também mostra que os empresários do ramo se mostram mais confiantes em relação ao cenário do setor em 2014.
 




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