Economia Titulo Emprego
Indústria fecha 1.687
postos formais na região

Empresas de serviços ajudaram o Grande ABC a
gerar 9.530 vagas com carteira assinada em 2013

Leone Farias
do Diário do Grande ABC
22/01/2014 | 07:07
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Divulgação


A indústria, em 2013, voltou a puxar para baixo o nível de emprego com carteira assinada no Grande ABC. De janeiro a dezembro, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, as fabricantes fecharam 1.687 vagas. Com isso, ficaram longe de compensar a perda de quase 6.937 postos formais registrada em 2012.

Enquanto a atividade industrial reduziu o contingente de trabalhadores, empresas de serviços – que abrangem segmentos de telemarketing, hotelaria, restaurantes, hospitais, logística e transportes, entre outros – foram fundamentais para que os sete municípios fechassem o ano com saldo positivo (mais contratações do que demissões). Das 9.530 vagas formais geradas na região em 2013, o segmento respondeu por 9.044. O bom desempenho fez com que o volume de oportunidades fosse semelhante ao de 2012, com 9.411 postos, alta de 1,2%.

A geração de emprego com registro em carteira nos últimos dois anos, no entanto, não se compara ao que se observou em 2011, quando foram criados 24.537 postos com carteira, dos quais 4.450 se deveram às indústrias.

Para Sandro Maskio, economista da Prefeitura de Santo André e coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista, o cenário do emprego industrial na região reflete as dificuldades de competitividade em relação aos itens importados, principalmente na área de bens intermediários (componentes para a fabricação de bens de consumo), como as autopeças.

Em 2013, pela primeira vez desde 1999, a balança comercial da região ficou negativa, ou seja, as importações superam em valores as exportações, o que impactou neste cenário. Com o forte crescimento das compras de insumos e produtos prontos no Exterior, os empregos foram gerados lá fora, cita Maskio.

Além disso, o País cresce em ritmo lento, assinala o coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero. “Não dá para o Grande ABC ser uma ilha”, afirma, ao se referir ao fato de que a região não fica imune à influência do fraco desempenho econômico nacional.

No entanto, Balistiero avalia que as perspectivas para os próximos anos são animadoras. Ele cita que a chegada de investimentos, como o da sueca Saab, que se comprometeu a produzir componentes de aviões em São Bernardo, e as obras públicas (como a da Linha 18 do Metrô, que passará pela região), são favoráveis para a geração de empregos.
 




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