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Mais três óbitos por dengue são confirmados no Grande ABC

Mortes ocorreram nos municípios de São Bernardo e Diadema, e região soma 18 ocorrências; Brasil passa de 2.000 vítimas fatais pela doença

Thainá Lana
02/05/2024 | 08:15
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FOTO: Flávio Carvalho/WPM Brasil


A dengue continua a fazer vítimas fatais na região, e desta vez três pessoas morreram em decorrência da doença. Dois óbitos foram registrados em São Bernardo e um em Diadema. Desde o início do ano, o Grande ABC soma 18 mortes por dengue, segundo dados do Painel de Controle da Doença SES (Secretaria Estadual de Saúde). 

Outros 11 óbitos estão sob investigação, sendo quatro em São Bernardo e quatro em Mauá, além de um em São Caetano, um Diadema e um em Ribeirão Pires. Com seis mortes em cada, os municípios são-bernardense e andreense registraram o maior número de vítimas na região em 2024.

O Brasil já registrou 2.073 óbitos confirmados por dengue neste ano e outras 2.291 mortes estão em investigação. O número de ocorrências fatais notificadas em 2024 é superior às ocorrências registradas em todo ano de 2023, quando 1.179 brasileiros perderam a vida para a doença.

No Estado, até a última atualização desta quarta-feira (1º), 569 pessoas morreram em decorrência da dengue e 662 mortes estão sendo investigadas. Assim como no País, a letalidade pela doença cresceu e em cinco meses já ultrapassou o total registrado em 2023. No ano anterior, São Paulo contabilizou 291 óbitos – alta de 95% no período.

Em relação aos casos confirmados, os sete municípios do Grande ABC contabilizaram até ontem 16.530 ocorrências e outras 3.374 estão em investigação. Mauá segue como a cidade da região com mais registros de dengue, com 5.327 notificações. Na sequência aparecem Santo André (3.883), São Caetano (2.666), Diadema (2.274), São Bernardo (1.961), Ribeirão Pires (301) e Rio Grande da Serra (118). 

São Paulo têm 849.781 confirmações da doença e investiga outras 193.671. No Brasil, 4.176.810 casos prováveis de dengue foram notificados nos quatro primeiros meses. O coeficiente de incidência da doença no País é de 2.056,9 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

QUEDA OU ESTABILIDADE

Segundo informações do Ministério da Saúde, neste momento, 21 estados brasileiros e o Distrito Federal apresentam tendência de queda ou de estabilidade na incidência de dengue. Apenas cinco unidades federativas ainda registram alta. São Paulo sinaliza controle ou diminuição da doença.

Para combater a dengue, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, informou, durante coletiva de imprensa realizada na terça-feira (30), que o Brasil vai ampliar o uso da bactéria wolbachia. O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya se desenvolvam no inseto, evitando a transmissão das doenças. Estes mosquitos, chamados de Wolbitos, não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças. 

Inicialmente, apenas seis municípios devem receber em julho as primeiras solturas de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria wolbachia: Uberlândia em Minas Gerais; Londrina e Foz do Iguaçu, no Paraná; Presidente Prudente, em São Paulo, Joinville, em Santa Catarina; e Natal, capital do Rio Grande do Norte. No próximo ano, a estratégia será adotada em mais 22 municípios do estado mineiro. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o primeiro País a incorporar a tecnologia como política pública para reduzir os casos de dengue a médio e longo prazo.




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