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Transição energética e geração empregos são temas de seminário

Debate foi realizado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e reuniu representantes da indústria, das cidades, universidade e governo federal

Gabriel Gadelha
Especial para o Diário
30/01/2024 | 19:42
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Divulgação


A transição energética e tecnológica relacionada com novos modos de propulsão veicular e a descarbonização para a mobilidade urbana foram temas de seminário realizado ontem pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O tema foi tratado como uma mudança extremamente necessária pelos convidados, pois a ação impacta diretamente o futuro dos trabalhadores.

Aroaldo Oliveira da Silva, diretor executivo do Sindicato, presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e da IndustriALL-Brasil, destacou a necessidade de debater o tema. “Temos processos produtivos altamente poluidores que não podem mais existir. Estamos dialogando com os atores sobre a necessidade de uma transição justa, e como essas transições, principalmente ecológicas, vão impactar na vida dos trabalhadores”, afirmou.

A transição energética e suas implicações não apenas representam uma mudança nos modos de propulsão veicular, mas também desencadeiam uma reavaliação profunda do papel dos trabalhadores nesse novo cenário. A necessidade de uma mudança justa é destacada, reconhecendo que a evolução para energias mais sustentáveis pode implicar a perda de empregos em setores tradicionais, como os ligados a processos produtivos poluentes.

Oliveira ressaltou a importância da manutenção de empregos decentee para os trabalhadores por meio das formas de energia ecológica. “Não podemos criar uma nova forma de produzir essa energia com que o trabalho fique exposto no processo produtivo, que seja precarizado ou que não tenha proteção social.” 

O seminário abordou estratégias para capacitar os profissionais que podem ser afetados pela transição, buscando formas de realocação em setores emergentes, como a indústria de energias renováveis. Sindicatos, empresas e representantes do governo discutiram políticas e planos que minimizem impactos negativos aos trabalhadores, beneficiando o meio ambiente e a qualidade de vida da classe.

“Os trabalhadores devem ser protagonistas dessa mudança. Eles têm de participar desse debate, porque tem um novo mundo do trabalho. Quais são os empregos do futuro? O que iremos fazer?”, questiona Moisés Selerges, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos. 

“É um debate importante porque muda a questão produtiva. Você vai construir um ônibus elétrico e são 60% a menos das peças do que vai em um ônibus convencional”, exemplifica o prefeito de Mauá e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Marcelo Oliveira (PT).

O prefeito ressalta que é necessário encontrar um caminho que não atinja o trabalhador de uma forma negativa. O seminário contou ainda com a presença de Denis Andia, secretário Nacional de Mobilidade Urbana; Dácio Matheus, reitor na UFABC (Universidade Federal do ABC); e Loricardo de Oliveira, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT.




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