Saúde de Família & Cidadania Titulo Saúde de Família & Comunidade
A atenção primária em saúde do Brasil
Zeliete Zambon
13/11/2023 | 12:41
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Fernandes


É uma honra estar neste Diário para conversar com as leitoras e leitores a cada duas semanas, a partir de hoje, sobre o universo da saúde. Em segundas-feiras entremeadas, estarei aqui assinando artigos cujo foco sempre será a melhoria das redes pública e privada com a consequente qualificação da assistência aos pacientes. 

Neste 2023, com a mudança de governo, houve intervenção competente para evitar o caos na saúde. Era mesmo urgente! 

Dias melhores vieram: a vacinação foi retomada com poltícas eficazes, o Zé Gotinha voltou, tivemos campanhas para ampliar os níveis de cobertura. 

Também melhorou a política de saúde para as comunidades indígenas, com casos críticos sendo enfrentados com responsabilidade e urgência conforme vinham à tona. Na relação com as mulheres, vemos espaços-chave ocupados e respeito pelas decisões delas quanto a seus corpos, saúde, direitos a igualdade de oportunidades e remunetação etc. 

Destaco ainda o reconhecimento e prioridade para a atenção primária. A SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade), na qual estou presidenta, tem sido chamada a me posicionar sobre as questões da estratégia de saúde da família e em outros debates primordiais. O próprio programa Mais Médicos possui boa parte de seu fundamento na MFC (Medicina de Família e Comunidade). 

Quando existem acertos, reconhecemos e ficamos mais esperançosos. Naturalmente, há ainda uma série de quesitos que necessitam mudanças e avanços. É essencial que a integração entre os ministérios da Saúde e da Educação seja aprofundada para fomentar a residência médica em MFC. 

É igualmente mister estruturar a assistência primária em saúde em todo o SUS e no sistema suplementar para a ampliação de acesso, da resolutividade e para investir racionalmente visando a prevenção e o bem-estar. 

Médicas e médicos da família têm ligação umbilical com gente; são necessários e indispensáveis para a saúde das pessoas. Devem ser especializados em número suficiente, com qualidade e têm de ser distribuídos por todos os pontos do Brasil na coordenação das políticas estratégicas de atenção primária. 

Essa equação já foi resolvida em distintas partes do mundo com sucesso. Por aqui, começamos a caminhar em bom sentido. A meta é que todos os pacientes tenham uma médica ou um médico de família e comunidade para chamar de seu. Chegaremos lá. 




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