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Estudo aponta principais mercados no país e potencial de consumo; confira
Associação Paulista de Portais e Jornais
09/07/2023 | 00:01
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As famílias brasileiras deverão gastar aproximadamente R$ 6,7 trilhões ao longo deste ano, o que representa um aumento real de 1,5% em relação a 2022, segundo a pesquisa IPC Maps 2023, especializada no cálculo de índices de potencial de consumo nacional. O levantamento indica também a ampliação em 5% do perfil empresarial no País, equivalente a mais de 1 milhão de novas unidades nos setores de indústria, serviços, comércio e agribusiness. O Brasil possui cerca de 216,3 milhões de cidadãos, e destes, 183,4 milhões moram na área urbana e são responsáveis pelo consumo per capita de R$ 34 mil, contra R$ 15,1 mil gastos pela população rural, onde o montante de potencial de consumo deve chegar a R$ 496,3 bilhões (7,4% do total) até o final do ano. 

Mercados potenciais

O desempenho dos 50 maiores municípios equivale a R$ 2,654 trilhões, ou 39,5% de tudo o que será consumido em território nacional. De 2021 para cá, os 12 principais mercados vêm mantendo suas posições, pela ordem: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Goiânia, Manaus, Campinas e Recife. Várias cidades interioranas de São Paulo se sobressaem, como Guarulhos (14º lugar), São Bernardo do Campo (17º), Santo André (18º), Ribeirão Preto (19º) e São José dos Campos (20º), além de Uberlândia (MG), em 25º.

Regiões metropolitanas x interior

O trabalho mostra ascensão das regiões metropolitanas, que passam a responder por 16,92%, enquanto o interior reduz sua presença para 54% no cenário nacional. De 2022 para 2023, a quantidade de empresas subiu 3,5% no interior e 6,7% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 5% da média nacional. “Esse cenário pode ser explicado pelo home office, pois mesmo que a empresa funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de escritórios. Aliado a isso, há uma oferta maior de imóveis corporativos para locação, com preços inferiores aos praticados antes da pandemia”, afirma Marcos Pazzini, responsável pelo estudo.

Carro pesa no bolso

Quanto aos hábitos de consumo, esta edição da IPC Maps confirma a elevada despesa com veículo próprio, que chegam a comprometer 11,7% do orçamento familiar, em detrimento de outros segmentos, como o de alimentação e bebidas no domicílio, que responde por 10,3% da renda domiciliar.                 

Sudeste lidera

O Sudeste segue liderando o ranking das regiões, respondendo por 49,1% do consumo nacional. A Região Sul volta a ocupar o segundo lugar da lista, ganhando representatividade de 18,3% e desbancando o Nordeste que, cai para 17,8%. Em quarto lugar vem o Centro-Oeste, aumentando sua fatia para 8,6%, e por último, a Região Norte, que amplia sua atuação para 6,3%.

Perfil empresarial

Entre abril de 2022 a abril de 2023, a quantidade de empresas no Brasil cresceu 5%, totalizando 22.173.770 unidades instaladas. Destas, mais da metade (13.678.653) são Microempreendedores Individuais (MEIs), responsáveis pela criação de mais de 530 mil novos CNPJs no período. Dentre as companhias ativas, a maioria (12,4 milhões) refere-se a atividades relacionadas a Serviços; seguida pelos segmentos de Comércio, com 5,5 milhões; Indústrias, 3,5 milhões; e Agribusiness, contando com mais de 791 mil estabelecimentos.   

Itens básicos

Entre os itens considerados básicos, 25,3% dos desembolsos destinam-se à habitação (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás); 18,6% serviços em geral, reformas, seguros etc., 6,7% medicamentos e saúde; 4,6% alimentação e bebidas fora de casa; 3,8% materiais de construção; 3,5% educação; 3,4% vestuário e calçados; 3,3% recreação, cultura e viagens; 3,2% higiene pessoal; 1,5% móveis e artigos do lar e eletroeletrônicos; 1,4% transportes urbanos; 0,5% artigos de limpeza; 0,4% fumo; e 0,2% joias, bijuterias e armarinhos.     

Idosos em alta

A população de idosos continuará crescendo, chegando a 33,6 milhões em 2023. Na faixa etária economicamente ativa, de 18 a 59 anos, essa margem está praticamente em 130 milhões, o que representa 60% do total de brasileiros, sendo mulheres em sua maioria. Perdendo espaço, estão os jovens e adolescentes entre 10 e 17 anos, que somam 23,5 milhões, sendo superados por crianças de até 9 anos, que segue na média de 29,4 milhões.

Empregos em SP

De acordo a Fundação Seade, o emprego aumentou 0,4% no Estado de São Paulo em maio de 2023 em relação ao mês anterior. A geração de 50.112 postos de trabalho decorreu de 617 mil admissões e 567 mil desligamentos. O estoque de empregos formais no Estado ficou em 13,3 milhões. Os resultados apurados em maio mostraram variações positivas em todos os segmentos: agricultura (3,4%); construção (0,6%); serviços (0,4%); indústria (0,2%) e comércio (0,2%). O aumento de 11 mil postos na agricultura em maio se deve às contratações nas lavouras de laranja (6,7 mil) e café (1,3 mil) e nas atividades de apoio à agricultura e pecuária, 2,9 mil.

Exportações paulistas

De cada 10 empresas brasileiras que exportam, quatro ficam no Estado de São Paulo. São 11.325, o que representa 48,2% das 26.441 companhias de todo o país que vendem para o exterior. Os dados aparecem no estudo Perfil das Firmas Exportadoras Brasileiras – Um Panorama, divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do governo federal. O documento também mostra que São Paulo tem quatro vezes mais empresas exportadoras que o segundo colocado no ranking nacional, o Rio Grande do Sul, com 2.930.




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