De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, Paulo Francini, as condições para a indústria do país no ano que vem se mostram "péssimas" e requerem um trabalho "fantasticamente grande" de recuperação. "Há muito tempo que a federação fala sobre a necessidade de medidas urgentes para a indústria. Não é de agora que a indústria necessita de ações rápidas. Da visão de que o setor está indo mal nós estamos roucos de tanto falar. Talvez percamos a voz antes de sermos atendidos", afirmou.
Em números absolutos, a indústria paulista teve um saldo de 36,5 mil demissões em novembro ante outubro. Na comparação com novembro de 2013, a entidade registrou 148 mil demissões no mês passado. Dos 22 setores nos quais a Fiesp divide a indústria no Estado, pela primeira vez, todos demitiram. A indústria de produtos alimentícios foi que a mais demitiu em novembro, 17.579 funcionários. "É a primeira vez que vejo um demonstrativo mensal em que todos os setores da indústria perderam empregos. Novembro surpreendeu pela queda", destaca Francini.
A estimativa do economista é que com as perdas de emprego previstas para o mês de dezembro a indústria deve encerrar o ano com perda de mais de 130 mil vagas. "Falta apenas um mês para o fim do ano, e tal mês é habitualmente de queda, podendo ser ao redor de 40 mil empregos."
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