O representante do Iraque, Adel Abdul-Mehdi, calcula que os preços vão se estabilizar em torno de US$ 60 por barril. "Acho que vão de estabilizar nesse nível porque essa é a média do custo de produção de outras fontes", comentou o ministro.
Suhail Mohamed Faraj Al-Mazrouei, ministro do petróleo dos Emirados Árabes Unidos, acredita que a queda recente terá um impacto enorme nos países árabes exportadores da commodity, mas afirmou que a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), no mês passado, de manter o teto de sua produção em 30 milhões de barris por dia, permitirá que os mercados encontrem o equilíbrio e será positivo para a economia global.
"Um dos principais motivos que causou o recuo nos preços foi a produção irresponsável de alguns países que não pertencem à Opep", disse Al-Mazrouei, acrescentando que a estabilização deverá vir quando a produção de fora do cartel for ajustada em linha com a demanda.
O iraquiano Abdul-Mehdi acha que ainda é cedo para dizer se a Opep tomou a decisão certa na reunião de novembro, mas a situação deverá ficar mais clara no primeiro semestre de 2015.
Para o ministro do petróleo kuwaitiano, Ali Saleh Al-Omair, a manutenção do teto atual pela Opep foi uma "boa ação" porque não é justo que integrantes do grupo reduzam a produção, ao mesmo tempo que os concorrentes ampliam a sua e fazem novos investimentos. Al-Omair também defendeu algum tipo de cooperação entre todos os países envolvidos no mercado global de energia, incluindo os que não fazem parte da Opep.
Segundo o ministro saudita da área, Ali al-Naimi, a falta de cooperação de não integrantes da Opep, informações desencontradas e a especulação nos mercados são as causas por trás do drástico recuo nos preços do petróleo. Naimi também refutou alegações de que a política da Arábia Saudita, o maior representante da Opep, tenham como objetivo prejudicar países específicos.
Na visão de Mohammed Saleh Al-Sada, ministro do petróleo do Catar, a trajetória de queda dos preços é apenas uma "correção temporária" e grandes investimentos serão necessários para atender o crescimento da demanda no futuro. Com informações da Dow Jones Newswires.
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